Se eu soubesse que aquele abraço tão rápido e o beijo quase roubado em frente ao portão de embarque do aeroporto podem ter sido os últimos eu teria dito muito mais.
Foram tão poucas as palavras. A troca de olhar quase em fuga. [. Mas eu estava tão inocente]
Mas as despedidas sempre foram tão rápidas. Você é cismado. Então me que calei esperando a próxima vez... [que tolice a minha. ]
Eu não sabia, talvez você soubesse....
Eu não sei, talvez você saiba se o portão da partida voltará a ser o da chegada. Não sei.... Tudo está nebuloso. Ou quem sabe claro demais.
Tudo poderia ter sido tão diferente...
Eu pediria para você ficar, pelo menos mais um pouco... [provavelmente você não ficaria]
Daquele dia com o testemunho do carro vermelho restou uma imensa saudade e um gosto de quero mais e mais... [. Será que você já rasgou minhas fotos? ]
Foi tudo repentino demais... [. Para mim.].
[Patricia Montenegro – Rio de Janeiro, 22-01-16]