INCOERENTE...

Se ao menos eu escrevesse de forma coerente o que quero tanto, talvez enganasse melhor essa minha calma. Certamente diria tudo...

Ah! Se eu pudesse escrever tudo, tudo...

Talvez alguém, eventualmente, lesse e confirmasse para mim o que me falta nas coerências...

Eu queria poder afirmar sobre as dúvidas que tenho, com a convicção de que, ao menos, a sensação de que há certeza é verdadeira. Certezas de estar certo ou errado, também são certezas. Mas, o erro e a dúvida são incoerentes... A evidência requer certezas nas dúvidas. Eis a coerência...

Acontece que a compreensão aqui não requer o êxito pela existência da certeza, pois o alívio da coerência do tudo, não propõe a realidade do querer tudo, mas apenas retira-se a tão insaciável dúvida da calma. Saber sobre certeza é o que traz a coerência do tudo poder ser escrito, é o que satisfaz o desejo de ser lido e a esperança de ser aprovado e confirmado, ainda que negado. Pois, nem todo negar é erro.

A certeza, por mais óbvia que seja, só ha de ser, como tal, se confirmada. Ser minha e viver comigo, não é coerente o suficiente para ser escrita... Não haver dúvidas também não é certeza. Certeza aqui requer alguém que confirme esse tudo... por isso não escrevo coerentemente.

Não há calma que aguente, nem a minha, nem de quem talvez leia... Acredito que, só para quem confirme, haja nisso êxito ou não.

Como posso escrever sobre tudo?