Mochilas

E nas costas o peso...

Alças sobre seus ombros...

Ele caminha sobre a areia fina...

Que aquece seu cansaço...

Pegadas...

Nenhuma mas o peso se transforma...

Transcende um transtorno...

Suportar sua cruz de lona e panos...

Cético...

Vários umbigos seus...

Deixa-se ver...

Um mundo que se vira em seu redor...

Vida essa de pesos...

Imensos...

A carne ferida, seu lombo...

Suor escorre quente numa face pálida...

Semblante envelhecido, em seu sentir branco...

Grisalho coração...

Sua alma se deita...

Numa lápide estreita...

Acomoda-se...

Seu peso, uma mochila repleta...

Assim pensa...

Solidão, tristezas e escravidão...

Tal peso...

Tal frio...

E, no entanto...

Qual surpresa aberta...

O amor repleto de mochila...

E páginas sem números...

E sem escrita...

E sem tempo...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 03/07/2017
Código do texto: T6044354
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