Sem Título I

Eis que volto a te escrever. Escrevo a lápis o que a alma não ousa marcar no eterno. Creio que a certeza me esvaiu a anos, e até hoje a busco nos sítios mais bizarros. Será que saberei quando a encontrar? Ou já encontrei e não soube? Por quê nos enviaram para essa missão tão confusa, eu me pergunto...

Enquanto não respondo, eu fujo do assunto.

Me furto do mundo e me dou a movimentos infinitos sem o menor sentido, se não aquele da razão. Faço e refaço, sem ter motivo, acreditando que um dia tudo será parte do infinito que eu vou saber amar.

Até lá, eu não sinto.