Lar XLVIII
Se o lar é paz, eu sou o zelador desse lugar, vou cuidando de tudo, pois eu sei que a beleza não está em quem cuida, mas em quem aceita ser cuidado.
Se o lar é amor, então eu sou o sangue que chega ao coração sem ser notado. Eu sou o funcionário do seu peito.
Se o lar é descanso, eu sou a rede que envolve seu corpo e faz você descansar. Eu te protejo dentro de mim, para mim e para você.
Se o lar é alimento, eu vou colhendo tudo para me alimentar. Pois a senhorita é coisa rara de encontrar.
Se o lar é silêncio, eu fecho os olhos para poder te escutar.
Pois você fala tanto para mim nesses momentos.