Ele e Ela
Ela era poesia.
Mulher e ao mesmo tempo menina.
Ele todo em verso.
Formando o rap com sua rima.
E mesmo com todas as diferenças se completavam.
Ela mandando todas as músicas que ouvia por inbox.
E ele criando as próprias frases de amor e experimentando com beatbox.
Mas no final nada mais importava.
A não ser a presença um do outro constantemente.
Conversavam o dia todo, todo dia.
Ela ensinava o que é romantismo.
Apresentava José de Alencar e Gonçalves Dias.
E ele lhe mostrava Projota e toda sua rebeldia.
Não poderia ser melhor.
Os opostos, às vezes, acabam se atraindo.
Ele marrento, com a cara fechada.
E ela sempre sorrindo.