Que Mundo Cibernético É Esse?

Que rede que se agiganta,

A cada dia, hora e segundo,

Criando tentáculos tecnológicos e virtuais

Que se expandem numa espiral sem fim.

Dominando tudo,

Aprisionando o espírito em artefatos,

Deixando-o mudo.

Sequestrando o psiquismo

Viciado no virtual,

Capturado por cibernético abismo.

Até o dia em que o ser humano

Já não seja capaz de pensar,

E letárgico, mal consiga gritar,

O que é o real enfim?

Então em desespero,

Entre lágrimas,

Olhar-se no espelho e sussurrar,

O que ainda resta de mim?