O Teatro

No teatro de máscaras da vida real

Atua melhor quem atua há mais tempo

O silêncio é a melhor companhia dos atentos

Dos observadores

Dos absorvem-dores.

Mudam os papéis

Alteram-se as personas

E as cortinas estão sempre entre o primeiro e o último ato

E os aplausos são ironias ofertadas em forma de glória

Os risos são doses de sadismo adornados por dentes brancos

Amenizados pelo som bufante das mentiras e omissões

Há tragédia e Redenção

Melancolia e Festa

E tudo magicamente, marginalmente cômico

Nenhuma introdução

Nenhuma linha transformadora que muda o roteiro

Nenhuma atuação brilhante

Digna de premiação

As balas são de festim

Porque chumbo trocado não dói

Ninguém escapa das atuações diárias

Mas todos, depositam esperanças utópicas em um final feliz.

Charlene Angelim

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 04/04/2017
Código do texto: T5961652
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