MEDO

Minha vida não pode ser um engano, vida nenhuma passa sem querer, acertos e erros são como o vento que voa livre, as vezes um alívio outras vezes destruição. A gente se ilude com erros primários, perde um tempo em fantasia, por vezes, uma esperança, outras vezes, lamentação. O tempo passa a despeito do que pensamos, o mundo continua a girar, morre-se alguns, outros tantos são paridos, e a gente, perdidos em nós mesmos. O que não é visto não se lamenta, mas também deixa de ser acreditado. Eu me pergunto, eu me respondo, eu mesmo não me acredito. São as curvas dá emoção, não se vê o que tem a frente, somente o frenesi dá esperança. Um vale um encanto ou um abismo sem fim, essa vida incerta...Por que morrer alguns segundos num minuto de vida? Ao final, teremos vivido menos que podíamos, mortos em partes dá vida pelas idiotices do medo e da fraqueza. Quanta esperança, vida minha quanto sofrimento. A gente pode cantar, acompanhar o vento e sentir o calor de uma presença, podemos também seguir calados, definhando no frio dá dúvida. Viver feliz é um dom, precisamos exercitar esse dom, ou ficaremos então mais lembranças que se escondem no coração dá covardia.