Rastros Apagados

Cada vez que me aproximo, sinto perder teu rastro, como teu perfume doce e sutil que permanece suspenso no ar somente enquanto você esta, deixando apenas a lembrança quando você se vai...

Sei que não há tempo, sei que não é tempo, mas eu insistirei...

Cada passo que dou é incerto, eu não sei onde esta, mas me recuso descansar, parado não posso ficar...

Ou meus passos estão me levando mais longe ou perto de você...

Certo ou errado assim que a luz do sol iluminar a estrada, lá estarei novamente rumo a próxima parada...

Assim que a luz do sol iluminar a estrada, lá estarei novamente rumo à próxima parada...

Não sei se por culpa ou vontade meus passos são guiados, mas qualquer loucura é preferível a razão deste mundo...

Eu estou cansado de ver a injustiça rasgar estas terras, punir os humildes e enriquecer os tiranos, o tempo do acerto um dia chegará, certamente chegará, mas até lá, por onde eu passar, minha espada é quem irá julgar, removendo a praga deste mundo, trazendo a justiça, como um pequeno barco tentando flutuar no meio da tempestade sei que é pouco o que trago, mas certamente o trarei...

Não sei se terminará epicamente ou tragicamente esta caminhada, como as canções dos bardos normalmente retratam suas histórias infladas...

Talvez um dia eu eventualmente a veja seguindo sua vida, talvez esteja esperando por mim, deste lado ou do outro...

A noite caiu, devo retornar, outra vez seu rastro desapareceu no ar...

Talvez você não queira ser encontrada, ou simplesmente esteja onde não posso alcançar...

Recuso ambas as respostas e guardo apenas para mim o que me faria parar de te buscar...

Meus sonhos me enganam, pois não sabem como você realmente esta...

Tudo que tenho é uma melodia antiga que já sei como cantar, bem diferente do que pode ser a realidade, mesmo eu não sou mais como costumava; como estaria você?...

Falhei, deveria tê-la levado comigo, estaria mais segura em minha garupa nos campos de batalha; longe da guerra, mas longe dos meus olhos...

Ainda posso ouvir o sibilar do vendo na janela desta pousada, ele parece repetir seu nome enquanto a tempestade chega, meus olhos se fecham lentamente...

Será que um dia a verei novamente?...

Não sei, mas vou continuar...

Para responder a mim mesmo esta pergunta, pelo melhor que possa ser ou pelo pior...

Amanha, com o primeiro raio...

Assim que a luz do sol iluminar a estrada, lá estarei novamente rumo à próxima parada...

Zeu Rodrigues
Enviado por Zeu Rodrigues em 01/11/2016
Código do texto: T5809967
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