MEIA NOITE

MEIA NOITE

Agora os dois ponteiros se juntam e apontam para o céu; doze badaladas soam do velho relógio. O seu som me traz recordações de muitos tempos atrás. Sons, vultos que os identifico facilmente. De repente um amor adolescente, ou juvenil, escorre em minha face, levando-me não sei pra onde. Quero fugir e não consigo, seus olhos e seus lábios me prendem e me sufocam. Os ponteiros continuam unidos e direcionados para um só ponto. Vou deixar que eles se separem e me conduzam para onde devo ir. Espero que me levem a ti.

Meia noite e nada.

Múcio Amaral da Costa
Enviado por Múcio Amaral da Costa em 27/10/2016
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