Pintura Íntima EC
Quando há divulgação de algo íntimo, há também a presunção de violação de intimidade. Portanto a divulgação de algo íntimo, só é possível com o “concordo” do dono da intimidade.
Pintura íntima, no meu modo de pensar, não existe. Podemos divulgar algo que é interno , mas íntimo... Acho demais.
Para mim, toda pintura é externa, de algo externo. Algo visível, que pode ser visto e interpretado por cores, linhas, ângulos, perspectivas. Também pode ser apreciado pelo visual: agradável, desagradável, bom, ruim. Valores internalizados pela pessoa.
Pintura íntima sugere algo pra lá de secreto ao qual ninguém teve acesso. Os sentimentos íntimos que fazem chorar, rir, desesperar-se, de tristeza, de agonia. E quem pode pintar sentimentos? Apenas pode imaginar o que seja.
Eu sinceramente não sei nada de pintura íntima. Tenho uma vaga impressão. Quanto a mim não é tudo que divulgo. Minha intimidade não merece ser divulgada. Nem eu sei como é a minha exata intimidade. Só saberei quando tiver acesso a ela.
Na intimidade sei que sou rabugenta, radical com alguns atos ou atitudes . Mas também não é tão íntima assim visto que sempre que pode ela assume sua fatia na sociedade familiar ou comunitária. Chorona não sou. Sou difícil de chorar. Às vezes choro de raiva por não poder agir, fazer algo, mas é difícil. Até em caso de morte – talvez por não acreditar na morte- eu choro. Aceito como um fato da vida.
Intimamente tenho convicções sobre tudo. Não é qualquer palavra que me faz mudar as minhas convicções sobre família, sobre a educação dos filhos. Dizem que isso é mal, que preciso estar aberta às modernidades. Mas nem sempre as modernidades me convém. Elas existem mas não me convencem de seu fator humanitário. Nem tudo que é moderno é bom. Já vivi o passado e estou vivendo o presente e o que presencio não me agrada em tudo.
Nem mesmo o espelho mostra a intimidade de modo a poder pintá-la, retratá-la numa pintura íntima. Ele mostra rugas nada íntimas, mostra um rosto sério, nada íntimo. Cabelos longos e brancos. Mostra o sorriso que indica estado físico, bom, seguro, divertido. Nada mais. A alma não é exibida e nunca poderei ou poderão pintá-la. E se pintada aparecerá algo confuso, embaralhado, difícil de entender. A intimidade perfeita está em Deus. Só ELE, se pudesse, poderia fazer uma pintura íntima de cada um de nós.
Acho muito difícil escrever sobre pintura íntima. Por isso escrevo sobre o que eu tenho em mente.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Pintura Íntima
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/pinturaintima.htm
Quando há divulgação de algo íntimo, há também a presunção de violação de intimidade. Portanto a divulgação de algo íntimo, só é possível com o “concordo” do dono da intimidade.
Pintura íntima, no meu modo de pensar, não existe. Podemos divulgar algo que é interno , mas íntimo... Acho demais.
Para mim, toda pintura é externa, de algo externo. Algo visível, que pode ser visto e interpretado por cores, linhas, ângulos, perspectivas. Também pode ser apreciado pelo visual: agradável, desagradável, bom, ruim. Valores internalizados pela pessoa.
Pintura íntima sugere algo pra lá de secreto ao qual ninguém teve acesso. Os sentimentos íntimos que fazem chorar, rir, desesperar-se, de tristeza, de agonia. E quem pode pintar sentimentos? Apenas pode imaginar o que seja.
Eu sinceramente não sei nada de pintura íntima. Tenho uma vaga impressão. Quanto a mim não é tudo que divulgo. Minha intimidade não merece ser divulgada. Nem eu sei como é a minha exata intimidade. Só saberei quando tiver acesso a ela.
Na intimidade sei que sou rabugenta, radical com alguns atos ou atitudes . Mas também não é tão íntima assim visto que sempre que pode ela assume sua fatia na sociedade familiar ou comunitária. Chorona não sou. Sou difícil de chorar. Às vezes choro de raiva por não poder agir, fazer algo, mas é difícil. Até em caso de morte – talvez por não acreditar na morte- eu choro. Aceito como um fato da vida.
Intimamente tenho convicções sobre tudo. Não é qualquer palavra que me faz mudar as minhas convicções sobre família, sobre a educação dos filhos. Dizem que isso é mal, que preciso estar aberta às modernidades. Mas nem sempre as modernidades me convém. Elas existem mas não me convencem de seu fator humanitário. Nem tudo que é moderno é bom. Já vivi o passado e estou vivendo o presente e o que presencio não me agrada em tudo.
Nem mesmo o espelho mostra a intimidade de modo a poder pintá-la, retratá-la numa pintura íntima. Ele mostra rugas nada íntimas, mostra um rosto sério, nada íntimo. Cabelos longos e brancos. Mostra o sorriso que indica estado físico, bom, seguro, divertido. Nada mais. A alma não é exibida e nunca poderei ou poderão pintá-la. E se pintada aparecerá algo confuso, embaralhado, difícil de entender. A intimidade perfeita está em Deus. Só ELE, se pudesse, poderia fazer uma pintura íntima de cada um de nós.
Acho muito difícil escrever sobre pintura íntima. Por isso escrevo sobre o que eu tenho em mente.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Pintura Íntima
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