15 de setembro de 2016

Quinze de setembro de 2016. ‘Com o rio não se brinca’. Devemos ter ouvido muito essa frase nesta data. Muitos vão interpretá-la com um certo olhar científico. Que também não está errado. Realmente rios e mares muitas vezes são profundos, possuem ondas, correntezas... forças que superam as nossas (humanas), que nos tiram do eixo. Uma pedra ali, um redemoinho aqui... Porém, existem fatos mais sérios para não se brincar com as águas. Por trás, por exemplo, de um rio que transporta cargas e pessoas, que serve para lavar roupa, para pescar enfim, para suprir certas necessidades humanas, existe um rio amigo, protetor, curador... sagrado! Até quando o ser humano não vai entender que ele não pode tudo? Que não é dono de tudo? Que não é mais que Deus? Nos “apossamos” da natureza até certo ponto e depois vemos ela se rebelar contra nós por meio das secas, enchentes, tsunamis, furacões... Domingos Montagner! Que Deus o tenha! Entretanto, o que aconteceu com ele não é por acaso. Não podemos negar: a novela “Velho Chico” é muito interessante. Talvez distorça muita coisa sobre a cultura envolta do rio São Francisco, mas de alguma maneira vejo que a intenção da trama é mostrar de forma valorosa um Brasil que poucos conhecem. Mas, em um ponto, a Globo foi infeliz. Imagine eu chegar em sua casa sem permissão, entrar e começar a andar por ela. Depois, chego à geladeira, abro. Como a comida do armário. Vou no seu guarda-roupas. Bisbilhoto suas peças mais íntimas... cuecas, meias, calcinhas... Chega! Não. Mas eu insisto. Quero explorar sua casa, conhecer todos os SEGREDOS. Até que você não aguenta mais e me agride, me expulsa... Invadiram um lugar que não eram deles. Não pediram permissão para entrar. Não é pedir às pessoas que vivem ali. Mas Aqueles que estão à cima delas e de todos nós. E que estão por trás do rio. Não pediram licença aos ancestrais indígenas e africanos, protetores daquelas águas, ao divino Deus, o verdadeiro dono e a todas as forças vitais presentes ali! Esse é só mais um acontecimento, dentre muitos, para lembrarmos que NÃO SOMOS donos de nada nesse mundo e de que tem coisa que NÃO SÃO crenças populares, NÃO SÃO superstições... SÃO VERDADES!

Anadália Paula
Enviado por Anadália Paula em 17/09/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5763459
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