JJ 3054 – UMA CENA DE TRAGÉDIA

Mais uma tragédia na aviação, e todas as discussões realmente não parecem fazer eco. Não temos força popular para nada! Não nos mexemos mesmo!

Quem sabe quando outro avião cair em cima de nossas cabeças, se não formos as vítimas, talvez venhamos a falar algo. Somos realmente um país sem necessidades. Afinal, se não existe necessidade de um presidente, para nos dar um pronunciamento em meio a tragédia, de um grooving na pista, ou de dois reversos funcionando, é porque não existem necessidades.

Não adianta ficamos aqui nos perguntando por que disso, por que daquilo, afinal, o que vai mudar?

A atitude do assessor da presidência diz tudo, tirou “o ...” da presidência da reta e lá vai o gesto... O corpo realmente fala muito mais que a boca. Neste caminho o ministro da defesa diz “Não fujo às minhas responsabilidades, mas o fato é que não tenho poderes de gestão, nem de mando, nem de determinar nada no setor aéreo (...) Há um vazio normativo de execução. E a Defesa não tem responsabilidade nem formal nem legal sobre a gestão técnica do setor aéreo”.

Então para que sustentarmos um ministério da defesa? Para que existir um ministério que não nos serve de nada? Se não fossemos tão principiantes, eu proporia uma anarquia, mas quem sabe realmente o que é isso?

Vivemos sem saber o que é democracia. Uma das maiores conquistas da sociedade brasileira foi o voto direto, mas o que isso significa para quem não sabe sua importância, seu peso? Qualquer cesta básica é sinônimo de voto, é o mesmo que receber um cacho de bananas e sorrirmos feito palhaços em plena pós-modernidade.

Vejamos o que é ser palhaço na modernidade: Ser palhaço é basicamente ser os 180 milhões de brasileiros.

Coitados das novas gerações que nascem em meio ao caos... Que não é só aéreo, é de consciência humana.