Balancear

Buscamos por durabilidade num mundo inundado de finitos.

Já dizia Chico Buarque: ‘’Tudo é vário. Temporário. Efêmero. Nunca somos, sempre estamos. E apesar de saber de tudo isso, por que algumas dores duram tanto? (...) Por que tudo não pode ser como um bonito filme francês?’’. Respondo: Simples! Vivemos de extremos.

Até porque a imparcialidade nunca existiu. A balança sempre pende pro lado mais denso, enquanto o mais leve é preenchido pela ignorância. Não há exemplo melhor do que nossa política, que surgiu pra ser levada a sério, mas hoje não passa de uma competição tola entre esquerda e direita. Estar no meio-termo é arriscado, ninguém é levado a sério permanecendo nele. Repito: A balança sempre pende pra algum lado. O problema é que, diariamente, insistimos em pesar mais ainda o lado que já está sobrecarregado, sem pensar no outro que fica cada vez mais vazio.

A vida é pra frente e isso não significa que precisamos olhar apenas para uma direção. Necessitamos ser críticos, sim! Mas evitemos extremos.

‘’Os extremos são vícios. No meio deles é que está a virtude.’’

Não é uma questão de viver em cima do muro; nem de ser ‘muito isso’ ou ‘quase aquilo’. É uma questão de equilíbrio.

Laura Aguero

Laura Aguero
Enviado por Laura Aguero em 22/08/2016
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