JEAN PAUL SARTRE E O PARADOSO BESTIAL
(Em breves palavras ursas)
 
Sinto que em nós, neanrdentais sapiens, há um filtro pelo qual tudo que passa está fatalmente direcionado pelo ego, e a ele limitado em sua capacidade de criar gêneses segundo sua própria senciência.

É provável, pois, que tenhamos de conviver com a inconsciência de que somos anomalias, a navegar entre nossos próprios céus e infernos, atribuindo-os a ursas criações exteriorizadas em mitos e na irmandade renegada, para alívios ou castigos do que somos.

E, se abnormais somos, é provável que nossas escolhas também o sejam. E que nossos caminhares, com faces ou máscaras, também o sejam.

Percebo, então, o paradoxo bestial: se criamos e inauguramos, estamos a violar naturezas que não mais nos podem ser virgens.

Seríamos, portanto, responsáveis por nossas escolhas incautas da degenerada singularidade de onde advimos despercebidamente, ou nos impingimos tal poder à convivência nos estereótipos sociológicos, moldados também por nossas razões sencientes?

E assim se comprova a apocrifia das verdades construídas sobre nossos pilares humanizados.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 20/08/2016
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