Abismo social

Um aluno - que diziam alguns era usuário de maconha e cocaína, gay, marxista e roubava o laboratório da Universidade, a UFRJ aqui do Rio na Ilha do Fundão - foi assassinado e desfigurado. Encontraram o corpo dele boiando nas margens da Baía de Guanabara. Mas adivinhe quem passou essas informações? Que ele era usuário de drogas, marxista que roubava e era gay. Um grupo que postou na internet como sendo a Frente Revolucionária Liberal, um grupo de extrema ideologicamente.

Nós como professores devemos estar atentos à essas realidades, porque no futuro o totalitarismo - seja de direita ou de esquerda - pode nos brindar com mais ditadura. E uma vida foi perdida. Não volta mais. Tudo bem, pode-se dizer que "ele procurou o seu destino", mas isso não justifica. Nada justifica a perda de uma vida. O trabalho do docente vai além de ensinar, ele tem que perceber essas realidades de "periferias espirituais" como chama a própria igreja católica, por exemplo. Porque estou dizendo isso? Porque quanto mais o capitalismo e o neoliberalismo for excludente, mais estaremos nós professores e alunos expostos à essa realidade de crime e violência.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 08/07/2016
Reeditado em 08/07/2016
Código do texto: T5691720
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