Crucificados em pleno século XXI

É evidentemente que não posso e nem tenho capacidade para comparar a nossa condição de hoje com a crucificação do Cristo, mas a grosso modo e não querendo ofender ninguém e nem mesmo a nenhuma religião, é assim que estou enxergando a nós nos dias atuais. Se observamos bem como anda a nossa política regente, com seus dirigentes à deriva e seus comandados pulando em pencas do barco, só nos restará mesmo é a crucificação, pois torturados ao ponto de sentirmos vagando no escuro sem ter onde nos apoiar já estamos há vários anos.

Ainda bem que a nossa crucificação não se dará nos moldes de nossos antepassados da era Cristã, isto está acontecendo aos poucos, nos nossos bolsos, nos meios de saúde que nos empurram goela abaixo, na nossa segurança que nem dentro de nossa própria casa temos mais, na nossa esperança de dias melhores que a cada hora fica mais longe e por ai vai...

Embora tudo isso esteja abalando nossa estrutura mental, do lado de cá longe das potências dominadoras terrestres, seja monetariamente falando, seja pela economia até certo pontos estáveis, acima de tudo isso jamais nos entregamos e jamais nos entregaremos, é que somos brasileiros um povo acostumado, não deveria, mas acostumado a levar chibatas de todos os lados, ser crucificado e não morrer, nunca se entregar. Somos assim, ainda.

Talvez um dia muito mais perto do que imagino, abrirei a porta de minha casa e respirarei todos os ares que almejo até então, totalmente despoluído de corrupção, de incertezas e porque não da total liberdade para pensar sem ser tripudiado ou até mesmo crucificado pela ignorância alheia percebendo que estão livres da chibata hoje travestida de governo.

Porque não hoje, somente hoje, deixamos com que a Páscoa que se aproxima falar mais alto dentro de nós, colocando dentro de nós seu verdadeiro espírito, espírito de renovação, de confiança num amanhã de alegria sem medo de ser interpretado de maneira errônea ao expressarmos nossos pensamentos que deveriam ser livres da mortal faca de nome censura, mas tudo isso dentro do respeito e dos bons costumes.

Não vamos pensar em cruz, em tristeza, em fome e em flagelo, mas vamos pensar num amanhã promissor não só de esperanças mas também de um pouco da certeza e fé que um dia abraçaremos a nossa tão sonhada liberdade de expressão, de andar sem ser molestado pelas mentes corruptas que a toda hora nos cercam querendo a nossa filiação nas fileiras do mal. Enfim, vamos lutar pelas coisas que valem a pena lutar e não deixamos sermos crucificados pela determinação dessas mentes doentias que hoje nos regem pensando única e exclusivamente nelas mesmo. É assim que, mesmo sendo hoje um velho, ainda tenho a esperança de ver a nossa Sociedade, livre da escravidão do poder do, eu mando e vocês obedecem e de preferência calados. Vocês já sabem, um dia eu volto.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 11/03/2016
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