O silêncio da noite: o sangue que refletiam em seus olhos

Apenas uma madrugada qualquer. Estávamos andando nas ruas, rindo, nos beijando. Haviamos perdido os nossos ônibus para voltar para casa, então teríamos que esperar até vir algum. A cidade estava abandonada e coberta por sua neblina.

Estavámos rindo, para não sentir medo ou insegurança. Afinal, eu me sentia seguro ao lado dele, mais que tudo.

Suas mãos estavam quentes e macias, como nuvens. As minhas estavam extremamente geladas e pálidas. Estava fazendo muito frio. Nossas vozes, por mais que falassemos baixo, ecoavam pela cidade. A cidade estava realmente abandonada.

Então segurei as mãos dele e dei um sorriso meigo, ele retribuiu. Beijei sua testa e em seguida seus doces lábios. Nós rimos e nos abraçamos.

Nós não estávamos sozinhos.

Felipe Sants
Enviado por Felipe Sants em 24/01/2016
Código do texto: T5521140
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