A Meio Metro do Mundo e o Infinito do Cosmos

De muitas coisas não sabemos, nem temos idéia; porém se observar algumas respostas aparecem...

Tudo teve um começo, partiu de algum ponto; como a trajetória de uma flecha ou o fluxo de um rio; tudo tem um começo; fim; propósito; ignição; combustão; exaustão; extinção?...

De olhos fixos em parte alguma me peguei pensando certa vez; como seria antes de tudo; cheguei a conclusão que assim como antes de uma obra de arte, existe apenas a tela e o artista...

Antes do esboço completo, uma leve pincelada, uma imperceptível silhueta, um estudo de cores...

Antes do início da mais bela canção existe o silêncio...

Antes que o sol apareça não há luz, há escuridão...

Antes de tudo, não havia nada, a pergunta se responde mais uma vez e eu mais uma vez, volto ao ponto de partida; talvez antes mesmo de existir a questão, já houvesse a resposta para a questão...

Se fim e começo são apenas pequenos pontos de um circulo, por que a necessidade de definir o que acabou e o que começou?...

Penso então que mesmo isso, como tudo mais que inventamos para fazer medições, também foi criado para facilitar...

Como fosse difícil entender o circulo, explica-se então o quadrado...

Eu perguntaria as estrelas se elas pudessem responder, mas aqui tenho apenas meus espelhos, que como eu, presos ao chão também estão, muitos deles com os mesmos questionamentos em questão...

Seria difícil outro ponto de vista, pois estamos todos aqui, no mesmo lugar, seria interessante perguntar...

A luz do sol, a cor do luar, ao tempo que voa, que parece apressar...

As rugas de um rosto ainda confuso tentando completar...

Completar uma antiga frase, que desde cedo começou a perguntar...

Essa mesma que todos querem saber, sem resposta até então...

Mas assim como o percurso serpente de um rio; flui também a mente ao que se apontou em tua direção então vai; cedo ou tarde mesmo as pedras romperá alcançando teu destino, o mar...

Assim segue a mente com sede do conhecimento, talvez se perca no meio do caminho, mas por onde parar há de alimentar os sedentos; lentamente desenhando seu caminho...

É profundo o mar da sabedoria, distante, misterioso...

Dá vontade de beber, de navegar, nadar mesmo sem saber; sede de saber...

Enganosamente o procuramos para conforto, tentar a tudo explicar, mas conhecer o desconhecido é como cortar uma das cabeças da lendária criatura Hidra...

Para cada pergunta que responder duas novas aparecerão e o fim chegará antes para teus ossos que para todas as tuas perguntas certamente...

Usa bem o tempo que tem; mente curiosa, preocupe-se com o mais importante, já sabes como a vida acontece, já sabe o que dela quer, já entende teu sonho e tens bons objetivos...

O tempo de tudo chegará, ainda que tua mais eloqüente questão pareça ser o silêncio, lembre-se que mesmo este representa resposta...

Teus cinco sentidos jamais poderão explicar tudo, estão limitados a você, a meio metro do mundo e o infinito do cosmos; você certamente é mais que estes...

Pense além dos pensamentos, escute além dos ouvidos veja além da visão, sua pele, teu nariz, tua língua não são teu único grupo sensorial estenda sua existência; como a criança faz quando quer alcançar o que esta longe das mãos, estique a alma fique na ponta dos pés da existência, não conforme-se em estar perto...

Sobretudo, sua mente pode vagar para qualquer lugar, mas este corpo não, não seja relapso, mas não permita que seja ele o senhor dos teus pensamentos, não permita que seja ele a comandá-lo; seria um grande erro; seria como empurrar um carro com o motor ligado...

"Uma ferramenta criada para encurtar distâncias, guiando o caminho de quem deveria orientar"

Zeu Rodrigues
Enviado por Zeu Rodrigues em 11/01/2016
Reeditado em 22/01/2016
Código do texto: T5507729
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