Do livro "Gardênia"2

Somos açoitados diariamente por emoções que se só nos marcasse a carne seria suportável , mas sentimos nossos princípios, nossos valores sendo rasgados , sentimos as vezes sabor do sangue e o calor da dor e nem precisamos olhar para ver a mão firme que sustenta o cabo do chicote, mesmo porque nunca é a mesma mão.. Direis quiçá que algumas vezes somos merecedores, até então cúmplices ou da afirmação de meus próprios pensamentos que diz coisas com a boca cheia enchendo os presentes de nojo e de forma literal de restos de palavras apenas esfareladas, e ainda preso ao grilhões da insensatez estão pequenas chagas que nos mesmos alimentamos, enfim até que enfim e porque não por fim trocamos as nossas sensações, o nosso estado de espirito várias vezes por dia e como tal assim tem que ser feito afinal de contas somos humanos de conjuntos pares e ímpares seremos não pelo olhar, pelo tato, olfato, mas sim por tudo misturado heterogeneamente dentro de nós, mas a bem da verdade o nosso interior sempre será um pedaço de uma selva cheia de leões , tigres, onças , cordeiros , zebras e embora alguns animais não sejam predadores eles também precisam se alimentar e dentro deste prisma poderemos atacar como um tigre ou atacar como um cordeiro, tanto o nosso “ser” interior como as pessoas que fazem parte de outra selva , que eu julgo muito mais feroz que é a selva social . Dou-me ao luxo de voltar até com certa embófia tanto a selva interior como aos animais dóceis e selvagens que nós mesmos criamos e alimentamos cujo ao não entendimento da própria lógica e razão podemos controlar o apetite, mas não a fome e por si só são os que nos alimentam as emoções sempre esfomeadas, fome essa que é engolida pelo animal social de forma incomensuravelmente irracional, pois digo-te isso vestido com a certeza de que certas atitudes até mesmo daqueles que alimentamos com o que a de melhor em nós foge a qualquer principio seja ele de qualquer natureza. Gardênia como sempre retira de minha ínfima inteligência colheradas generosas e as deixa para o meu deleite nos bancos das praças de minha imaginação, não dou pipoca aos pombos por não querer que eles usem gravatas, mas tu alimenta-os como me alimenta com os teus conhecimentos e é só por isso que conseguimos conversar entre nós .sentindo as refrescantes gotas de tua chuva interior .

Suacrem
Enviado por Suacrem em 08/12/2015
Código do texto: T5474138
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.