Recebendo a liberdade

Hoje a liberdade bateu à minha porta.

Trazida pelo vento da consciência, chegou carregando uma mala de choro e outra abarrotada de interrogações.

Nos seus braços trouxe flores com cheiro de paz e a certeza que não está de passagem.

Aos poucos está se acomodando.

Com pequenos sopros, ela está apagado, lentamente, a lareira da culpa.

Acendeu velas ao redor da casa e está abrindo as janelas do meu eu.

O cheio de mofo e a escuridão estão se dissipando.

Muita coisa perdida ou jamais vista aparecerá.

Sim, muita sujeira pra limpar e cantinhos para adornar.

Ela veio pra ficar.