Quem é infeliz?
Silencioso, eu, imagine! Não tenho contas a prestar com estranhos, minha vida não é coluna de jornal. A vida é um livro inacabado e não se publica livro incompleto. Meu silêncio é ocupação, não com a vida alheia, mas com a minha e dos meus. As pessoas só acreditam na felicidade se a virem, mas quem é feliz de verdade não tem tempo pra investigar o bem estar alheio. Os fiscais do nariz dos outros que me perdoem, mas tomar a felicidade como um ponto final, é esquecer que ela está no trajeto, e não no fim. Não sei tudo o que fazem as pessoas felizes, mas as infelizes, com certeza, estão nesse instante se ocupando da vida alheia.