Solidão.

Sou do tipo de pessoa que ama sozinha, sofre calada e usa uma máscara para não perceberem que estou sofrendo.
Sou do tipo que age estranhamente, vive intensamente, mas que se desfaz quando chega em casa e vê que tudo não passou de uma ilusão.

Sou o nada e o tudo, nada por que de nada se vive e tudo, pois desejo sempre tudo que nunca vou poder ter.
Sou daquelas que olham a vida passar pela janela do quarto e não corre atrás dos sonhos. Enfim, sou uma grande sedentária, parada numa estação com flores mortas, onde as árvores cantam para acalmar a tristeza do meu coração.

Antes ele era uma escola de samba, vivia feliz e pulsante. Porém, um dia o barraco pegou foco e derreteu o amor.
Um amor de outra vida, mas que hoje já não sabe o caminho de casa. A solução estaria no mapa, escrito em outras datas. Mas que ficou empoeirado, pois ninguém quis usá-lo.

Não havia necessidade!

Foi isso que me falaram, então o esqueci, deixei pra lá o amor, os sonhos foram extintos e o coração veio a óbito e com ele também morri. Pois, sem tudo isso não dá para viver e mesmo se vivesse não conseguiria me reerguer.

 
Maryya Santana
Enviado por Maryya Santana em 14/11/2015
Código do texto: T5448466
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