Estranha solidão

Me sinto preso nela

Quase não vejo janela

Não pela ausência de pessoas

Pela carência ou peso que soa

Mas minha (in)capacidade

(Ou seria opacidade?)

Dificuldade de auto-aceitação

Na igualdade ou diferença da ação

De uma voz que cala

Quando a alma fala

De uma lagrima que grita

Quando a palavra rima

No querer um aperto de mão

Sem saber lidar com o não

De amar o mundo

Num alarmar profundo

Que querendo tudo, se isola

Num rogar despretensioso para ver se cola

Um olhar externo que desnude

Ao provocar o pensamento interno que mude

Que deixe de esperar

Que me obrigue a parar

Saindo deste ciclo

De imaginar que reciclo

E me torno um novo ser

Transformo esse estranho viver

Numa arte agora compartilhada

De uma parte outrora trilhada

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 06/09/2015
Código do texto: T5373143
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