O álcool, quando, consolo.

O único meio de viver sem regras é ludibriar-se de si próprio.

Por esta razão inequívoca a criação mais lúcida do homem certamente é o álcool (de bom rótulo),

porque é somente através da embriagues é que possamos esquecer de uma vez por todas que a vida é frívola

e ao mesmo tempo fugaz como a noite,

para além de encontros e desencontros de uma sociedade insatisfeita,

moldada à excelência de rituais farsescos, cujo somamos,

dentro da física,

não mais que uma matéria inerte senão composta por vácuo;

vazios e aprisionados

no silêncio de uma rua deserta entre a boca da noite e o amanhecer, quando novamente estamos prontos

para admitir as algemas suburbanas da albarda em nossos punhos espontâneos. Reflito mais um tanto e, taça. Mais vinho... bebo e vou.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 03/09/2015
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