Ah, sim... poesia:

Poesia é meu divisor de águas, carro-chefe da vida, bazófia ao meu cerne, cão de rua de raça e de briga, e cão de casa sem raça sempre “sussa”; não aponta dedos, e sim lápis, saboreia letras e trutas, embriaga-se com versos e viços, cheira pó de aragem e até ar viciado que quer deixar o vício; é norte sem ego e corte cirúrgico cego e assíduo; assobia e bebe cana, fala de boca cheia de ideias, come caviar e arrota fritas e usa roupa de quinta em pleno fim de semana.

André Anlub