Eu sou alguém e não de alguém...

Se você ache que eu sou foda, tenho uma má noticia pra lhe dar: Se você lesse minha mente, mudaria de opinião na hora. Se você acha que eu sou foda, aprenda a ler meus olhares, e mude de opinião a meu respeito, por favor. Não vivo de elogios, mas de sinceridades poéticas, de palavras silenciadas, de momentos de toque nas mãos, de carinhos sem motivos e de surpresas. Não me coloque pra cima, me entenda enquanto estou no chão, enquanto as palavras são caladas, eu não gosto de você, entenda isso, não fui criado(a) pra fazer alguém feliz, mas para entender que até as sombras ocultas, por detrás dos olhares, são mais importantes que belas palavras e maquiagens ilusórias. Se digo você está linda(o), não é em vão, é muita coragem e uma luta enorme minha comigo mesmo, travada a socos e ponta pés para que essas palavras saiam. Se tudo precisasse ser dito, amizades não durariam, viveríamos de cara virada pra tudo, então me contento com o não dito de todo dia, me contento com as poucas palavras e com os pequenos momentos, "o essencial à vida é invisível aos olhos", já dizia Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro O Pequeno Príncipe. Eu não sou objeto da sua alegria, do seu prazer e das suas fantasias, há um músculo pulsante chamado coração que clama por amor e respeito e que bate incansavelmente aqui dentro a cada lágrima que cai. Eu não prezo mais pela minha liberdade mais do que você, quero os dois juntos, quero o prato de entrada e o principal juntos na minha mesa, quero te abraçar com tanta força até que me doa, quero só deitar no seu colo e só te olhar, as vezes não quero palavras, não quero resolver meus problemas. Quero que você me pergunte "o que foi?" toda hora e eu diga que não foi nada. Se eu não te ligar, não ache que não quero falar contigo, mas seu ligar incansavelmente, as vezes só quero ouvir sua voz dizendo "Alô" e já desligar, não na sua cara, mas era só isso que eu queria mesmo. Não tenho ciúmes, batalhei muito pra te conquistar e você aceitou minhas batalhas meus duelos com o mal que há dentro de mim que te ver com outra(o) me dói demais. Eu choro, tá? Não é novidade nenhuma, quando eu te quero e quando não te quero, meu travesseiro já sabe disso à muito tempo. Quando estou sozinha, não me trate mal quando disser que você está longe e queria que você estivesse do meu lado, me entenda, me compreenda e me respeite acima de tudo, eu sou assim, afinal você me aceitou desse jeito, afinal, eu sou alguém e não de alguém.

Alfredo José Durante
Enviado por Alfredo José Durante em 20/07/2015
Reeditado em 21/07/2015
Código do texto: T5317263
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