Véu dos sentimentos

Nossa história é como um véu finíssimo pendurado na linha do tempo. Nele podemos observar cada fio como um sentimento. Alguns são tão emaranhados que imaginamos que suas tramas geram um nó confuso. Outros fios descem tão graciosos que formam desenhos e contrastes maravilhosos.

Nesse véu é possível observar que todos esses sentimentos, ocultos ou visíveis, são necessários para a continuidade da existência do eu.

Muitas vezes, esse véu apresenta buracos. São falhas, pequenas ou grandes, que correspondem a ausência do sentir. Momentos tão dolorosos que fizeram com que a alma, no momento de fiar o véu dos sentimentos, falhasse.

E a alma, essa costureira amadora, não consegue desfazer seus erros. E o buraco fica lá, pela eternidade, como prova de que, um dia, tudo terminará num nada.