Despedida
Venho caminhando e encontrando, percebendo...
Por quantas vezes chega-se ao fim aquilo que não aparenta?
Caso interminável...
Quando? Indeterminado...
Não saberia eu, nem nos mais remotos pensamentos, ou mesmo em devaneios, como e quando chegaria a ser o fim de algo que era infinito.
Sim, é infinito quando se vive hoje, sem pensar no futuro e se esquecendo de tudo o que passou...
Sim, é bonito o infinito que há, por que há prazer, sim, é lindo.
Venho caminhando, pensativa...
O meu rosto se encheu de sorrisos... Ah! Transbordou de dentro de mim o que colocaram lá...
Lá, aqui, em cada um de nós.
Foi reciproco, imagina...
Os meus olhos se encheram!
Foi o principio, mas também o fim que o fizeram mergulhar em anseios e lembranças.
As promessas ficaram para trás.
O que era já não é mais.
Caso me encontre em algum lugar, num dia qualquer, indefinido,
perceberás que sou eu, mas, não me reconhecerás.
Sei que mudanças nos acompanham,
que talvez, e muito provavelmente, você será outra pessoa aos meus olhos.
Sentarás ao meu lado, para conversar,
e nos primeiros segundos terás um estalo; irás rememorar com meu sorriso algo inespecífico, mas que ficou escondido por dentro.
Conversaremos, e logo perceberás novidades...
Na maneira de pensar, no agir, no falar, em algum detalhe, estará lá presente o que a distancia fez surgir com o tempo.
Sabe, acredito que o fim seja similar ao inicio, não pelo o que os fazem, mas pelo tempo que os tornam um só, em algum ponto. É que, na verdade, é o fim de algo quando algo novo se inicia. Só é o fim da estrada quando uma nova começa. Só é o fim de um amor quando encontramos uma nova forma de amar.
Laíse Costa Oliveira