Despedida

Venho caminhando e encontrando, percebendo...

Por quantas vezes chega-se ao fim aquilo que não aparenta?

Caso interminável...

Quando? Indeterminado...

Não saberia eu, nem nos mais remotos pensamentos, ou mesmo em devaneios, como e quando chegaria a ser o fim de algo que era infinito.

Sim, é infinito quando se vive hoje, sem pensar no futuro e se esquecendo de tudo o que passou...

Sim, é bonito o infinito que há, por que há prazer, sim, é lindo.

Venho caminhando, pensativa...

O meu rosto se encheu de sorrisos... Ah! Transbordou de dentro de mim o que colocaram lá...

Lá, aqui, em cada um de nós.

Foi reciproco, imagina...

Os meus olhos se encheram!

Foi o principio, mas também o fim que o fizeram mergulhar em anseios e lembranças.

As promessas ficaram para trás.

O que era já não é mais.

Caso me encontre em algum lugar, num dia qualquer, indefinido,

perceberás que sou eu, mas, não me reconhecerás.

Sei que mudanças nos acompanham,

que talvez, e muito provavelmente, você será outra pessoa aos meus olhos.

Sentarás ao meu lado, para conversar,

e nos primeiros segundos terás um estalo; irás rememorar com meu sorriso algo inespecífico, mas que ficou escondido por dentro.

Conversaremos, e logo perceberás novidades...

Na maneira de pensar, no agir, no falar, em algum detalhe, estará lá presente o que a distancia fez surgir com o tempo.

Sabe, acredito que o fim seja similar ao inicio, não pelo o que os fazem, mas pelo tempo que os tornam um só, em algum ponto. É que, na verdade, é o fim de algo quando algo novo se inicia. Só é o fim da estrada quando uma nova começa. Só é o fim de um amor quando encontramos uma nova forma de amar.

Laíse Costa Oliveira

Laíse Costa Oliveira
Enviado por Laíse Costa Oliveira em 25/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5219980
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