reflexões...








Amigo leitor,recuso-me a crer que a espécie humana seja,em sua essência ,a perversa criatura
que tem levado o mundo a terrível holocausto,onde
as formas diversas de barbáries são perpetradas em nome das diversidades raciais,econômicas religiosas e orientação sexual.A rapidez com que as informações chegam,via internet,deixam aos nossos olhos estupefatos,cenas cruéis que acabam se banalizando com o tempo.
Quisera que a humanidade derramasse grossas gotas de lágrimas ,simplesmente,ao saber que,em algum remoto lugar deste mundo,alguma criança estivesse morrendo de fome!Contudo,hoje em dia,ainda que,a triste realidade seja colocada a nossa frente,viramos a face para ignorarmos o sofrimento alheio.
Prezado leitor,uno-me,entretanto a parca minoria composta por alguns pensadores que,ainda acreditam na humanidade.Costumo dizer:A essência do Homem é cósmica,contudo,ele tem um Ego...Ele não é este Ego,mas,por ele,dominado produz tamanhos desatinos.Lendo Mary Shelley em seu magnífico livro “O prometeu moderno”,ela imagina uma criatura,que apesar de sua forma disforme,tem a sensibilidade brotante a flor da pele,mas,a “humanidade” não a compreende e,enfim,o monstro é impregnado por um ódio infindo ao seu criador...O grande poeta indiano Tagore,responsável por traduzir do sânscrito para o bengali a filosofia védica,valorizando a auto estima do povo hindu escravo da tirania britânica por muitos anos,imagina que;O divino está a nossa porta,bastando,tão somente,que descerremos o obstáculo...
Prezado leitor,numa conversa informal entre amigos,vaticinei:”Somente,os ateus,loucos,poetas e os que têm coração herdarão os céus” Concluo,dizendo,não me refiro ao “coração da sensibilidade”,mas,ao órgão muscular,a bomba aspiro premente!
O célebre filósofo Tertuliano afirmava;”A alma humana é cósmica e,ainda que se afastando,retorna,saudosa,a sua origem”Caro leitor,baseado nestas reflexões,imaginei a figura de monumental “ninho comum da humanidade”,onde as almas cansadas encontram,enfim,o repouso tranqüilo,seguro em comunhão com as demais...
Seremos,unidas,pequenas gotas do oceano,mas,que,mesmo unidas,não formaremos o grande oceano divino,posto que,Este é transcendente,incognoscível a nossa limitação de singela gota d’água...
Caro leitor,espero que,lendo este arremedo de ensaio filosófico,entenda o poema na forma de rondel que escrevi cujo título é:”O ninho comum da humanidade”