O Palhaço

Talvez eu seja palhaço de eterno sorriso, pulando nos palcos e nos gramados das praças, rodando nas arvores, correndo pelas ruas.

Mas como será o palhaço quando o sorriso eterno acaba, quando a água limpar o rosto, será que verá o mesmo sorriso? Ou apenas era tintura de todos os dias?

Amarguras e tristezas, unindo forças contra o sorriso do palhaço. Ele está cansado de tanta luta e de tanto correr na esteira da vida...

Eu sou palhaço. Quem sou quando a tintura destina-se ao ralo? Quem sou no fim do sorriso eterno quando ninguém mais vê?

E sem saber respostas, o palhaço mais uma vez coloca seu sorriso eterno, mais um dia de firulas, rodopios...

Felipe Dcarlos
Enviado por Felipe Dcarlos em 01/02/2015
Código do texto: T5121797
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