Ignition
Existe uma ponta de casualidade
No apoio incontestável e sereno
De seres que lhe são íntimos
Pensamos na concretude como bombas
Cuja chave de ignição está em nosso poder
Mas nada soa mais falso
Nada é mais liquido
Talvez nos venha em socorro
O estado do bem estar forjado
E a cortina que não tremula no desejo infundado
De certo nos parece de bom grado
Mas no final se apóia sob a frágil premissa de amor inabalável que existe apenas por existir, onde o querer se faz constante, o olhar tem característica unidirecional e o sorriso se apossa de uma autonomia que de fato nos foge ao controle.
A chave desliza em diferentes mãos
E por definição se apresenta como a perfeição da anamorfia que define de maneira tão elegante a nobreza das consequências por vezes inimagináveis do imprevisível.