Longe
Queixa-mo-nos tanto de tudo, por nada.
Pensamos tanto, erradamente...
Queremos resposta para de quem o coração duvida,
Mas ela sempre persiste, cá dentro, lá ... jogada e perdida.
Assumimos protagonismo onde não fomos chamados,
Tudo por incerteza, tudo, quem sabe, por tristeza.
Revoltosos com o espelho, que reflecte apenas o rosto bonito
Escondendo a alma cansada, e as historias que divagam pela mente.
Achamos que tudo e todos mudaram com o tempo,
Mas talvez perdeu-se apenas os laços, mal atados.
Talvez ninguém se esqueceu de ninguém, mas pensam o mesmo
Desde sempre.
Que o silencio e o para sempre não cheguem, e que se atem os laços agora bem apertados, que velhos e sujos fiquem até nunca, que nunca sejam mudados.
Se calhar não há momento de reflectir no meio de tanto trabalho.