Hoje mais do que nunca...

Hoje mais do que nunca senti o peso de minhas costas e a profundeza do buraco que a muito se instaura em meu peito. A cabeça lateja, parece pressionar um lodo de lágrimas - que não caem - mas derramam-se me meu interior.

Quis chorar, mas tudo que consegui foi pouco mais que olhos molhados. Por um instante quis voltar a ser criança, derramar algumas lágrimas e pegar no sono, viver em tamanha ingenuidade toda a vida, acreditar em contos de fadas e finais felizes.

Não sei quando me tornei isso, tão jovem e cansada, com olhos fundos, cheios de marcas que ninguém lê. Queria contar tanta coisa, mas não posso, por que sempre que busco alguém, acabo-o afastando de minha vida.

A madrugada é fria em todos os sentidos e além da insônia, a solidão é maior ainda. Olho pela janela e vejo como é desalento ver que não a ninguém que consiga abraçar meu choro...