Cronos

E certa vez, Cronos estava pensando no tempo...

Afinal, o que é o tempo? Há conceitos concretos e há o conceito de um instante... Isso vale o tempo. As minuciosas partes que passamos na vida que, por mais que não percebamos, deixam rastros, histórias, marcas... saudade... ou alívio, claro. Em uma linha que não cronológica, milhares de momentos passam a mente como a sinfonia tocada no ritmo da brisa. Tem momentos que precisamos deixar a brisa correr bem e refrescar: como é bom! Em pensar que o tempo é tão ingrato e tão amigo, é tão amargo e tão doce... que ambiguidade, viu. As pessoas são o tempo vivo: feitas da idade que passa com a caixinha das lembranças guardadas na memória. Pessoas, lugares, pensamentos que, por vezes, não queremos esquecer nem deixar ir... Mas aí é como a areia que colocamos na mão e escorre entre os dedos. Se queremos que passe rápido, parece que o tempo vira diamante bruto... não quebra, é feio, machuca. O tempo só diz uma coisa: aproveita cada momento da vida... Tempo é o Senhor Mestre da História, quem sou eu para falar dele. Em uma linha de não-raciocínio lógico busco dançar junto com o tempo. Esse tempo que é passado e me ensinou a ver as coisas, esse tempo que é presente e já passou com as palavras ditas nesse texto... e finalmente o mais misterioso tempo: o tempo de amanhã que pode ser uma contagem regressiva. Que chicotada, Senhor Cronos... Mas quem é a humanidade para falar e conceituar esse tempo? Quem é? Um nada perto de... nem sei quanto e quanto tempo.

Depois que o tempo passar, a caixinha de memória fechar... a pergunta não poderá calar: valeu o tempo passar?