Filosofia de domingo

São apenas sintomas de tristeza. Talvez de saudade. Um pouco, quem sabe, de desesperança. Sim, esses são os domingos. Dias feitos apenas para nostalgias. Manhãs de domingo que você acorda esperando algo que não sabe. Tardes de domingo que você relembra a última vez que sorriu. E as noites? Ah, as noites! Noites de domingo que parecem ser feitas diretamente aos poetas. Primeiro dia semana, para alguns, o último; para os pensadores, o dia de longas horas. E, talvez, os outros dias de semana tenham sentido inveja dos domingos. Pois, ultimamente, segunda me parece tanto com domingo. Terça, quarta, quinta, sexta, sábado... e ah, domingo de novo! Todos estão inclusos no “D” de desesperador. Talvez estejamos vivendo 365 domingos por ano. E assim, como bons pensadores, criamos 365 teorias do que nem sabemos. E é então que nasce a nostalgia. De saber que em qual tempo estamos, e porque eles não são mais os mesmos. Ou porque tudo muda. Talvez sejamos feitos de domingos. Eternamente domingueiros da tristeza.

Jaque Souza
Enviado por Jaque Souza em 16/02/2014
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