Grama do vizinho

Seria uma mera "programação divina" o fato de sempre nos sentirmos insaciáveis em relação a tudo que experimentamos neste plano tridimensional? Como já disse C. S. Lewis, "há desejos no homem que não podem ser supridos nesta terra". Talvez fosse ainda correto emendar que "todos os desejos do homem são incompletamente saciados, apesar de idealizados satisfatoriamente", o que o leva a sempre entender que todo senso de completude é utópico. Todo senso de satisfação é verdadeiramente imperfeito. A exemplo disso, quando se projeta algo em mente, o plano, ou a ideia, como diria Platão, é extraordinariamente perfeito, porem sua execução é passiva de tantos desacertos, quantos inesperados. Seria, contudo, sensato reafirmar que, esse "quê" de "figa" para com todos os nossos desejos incompletos, seja de fato um plano de Deus para suas mortais, porem infinitas, em outra dimensão, criaturas? Se sim, isso poderia se tornar uma referencia e tanto para a sustentação da afirmação bíblica de que: "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, aquilo que Deus tem preparado para os que o amam." Enfim, a grama do vizinho sempre será pior que a grama do vizinho. A menos que consideremos um vizinho celeste.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 03/01/2014
Reeditado em 03/01/2014
Código do texto: T4634470
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