Morreremos, e daí?!

Pensei realmente que, se a espera da morte não nos torna mais humanos,

então não deveríamos ter a chance de ter nascido.

Os sonhos de outra hora, puros e amáveis, se tornam selvagens e vaidosos ao curto percurso da vida com força e raízes grandiosas.

Não é de se admirar quando nos deixamos saber que armas sonares são disparadas em oceanos sem menor respeito a vida dos seres marinhos ocasionando a explosão dos tímpanos e gerando um colapso na comunicação que por sua vez provoca encalhes dos ‘nossos’ inocentes e inteligentes golfinhos, baleias e tantos outros e que, isso é causado pela vaidade.

Quando ficamos sabendo que 40 mil elefantes foram mortos por conclusão errônea de que estes estavam prejudicando o solo com suas patas pesadas.

Não nos admiramos e tão pouco nos aterrorizamos quando chegam as noticias de milhares de crianças mortas por sede no nordeste do Brasil ou que 870 Milhões estão passando fome em todo o mundo.

Não há mais argumentos extraordinários que dêem um basta na ganância, soberba, vícios, crueldade e vaidade. Todos os pensadores estão cansados e seguem com seus estudos apenas buscando a sua propria evolução espiritual pois os últimos 100 milhões de justos de alguma forma desistirão da humanidade, fechando os próprios olhos para não compartilhar tanta dor.

Não há mais canções belas que incentivem a bondade, bondade esta substituída em preceito pela façanha de que: darei o tanto que recebo e quando o recebido for bom, burlo minha própria regra e deixo de contribuir com o ‘dar’ para elevar a minha vantagem! Mas se o que recebo for ruim, virarei uma fera a atropelarei quem estiver em meu caminho.

Quem se importa de verdade com os índios que não tiveram comunicação com a "sociedade" senão pelo interesse de explorar as terras por onde esses vagam?!

Quem se importa com o pedreiro ou com o gari quando o anúncio é sobre morte?!

Quem se importa quando o próximo comete suicídio por falta de atenção?

Quem deseja poder largar tudo de tecnológico e viver numa fazenda comendo o que se planta?

Quem perdoaria qualquer deslize do parceiro sem antes pensar em matá-lo?!

Quem não pensou em suicídio ao ver os negócios da família sucumbindo?

Quem respeita tanto o carteiro quanto a própria família e/ou ao cachorro preso do quintal?!

Por que ainda não consegui desistir dos humanos?!

Samuel Souza
Enviado por Samuel Souza em 10/09/2013
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