Madrugada

Na cama já deitada ao som de um bom rap fico imaginando se de repente você enlouquece. Como? Aí... Simples! Imagino você se levantar do seu quarto só de camisa com a cabeleira bagunçada e meio sonolenta na madrugada fria. Caminha devagarzinho pra não acordar ninguém, desliza teus dedos pela minha maçaneta e encosta a porta bem rápida. Ajeita-se ao meu lado, gruda no meu corpo e me acorda. Zica que susto! Mais que susto gostoso! Você me diz que não está com sono e pede pra ser beijada, e nesse momento, os nossos hormônios se afloram, o coração dispara, a pupila dilata e os meus pelos arrepiam até a nuca. Que beijo doce. Com delicadeza você cobre meus lábios com os seus, eles se encostam com tanta leveza e tão devagar, porém, tua boca acabada me devorando. Tua boca se afasta, eu solto uma inspiração em busca de fôlego, mais em seguida, você me prende de novo com teus beijos. Eu sinto o calor transpirar do meu corpo e encontrar o teu calor, sinto minha língua conhecendo cada pedaço dos teus grossos lábios. As mãos já não sabem se conter, elas deslizam, apalpam, desejam, e busca o prazer que o teu corpo esconde. Quanta excitação! Minhas mãos sentem o tremor do seu corpo e em cada curva que eu descubro enlouqueço mais, você ri e adora. Pede mais. Pede meus lábios desbravando cada pedaço desse monumento que tu és, mulher. E eu? Eu piro de ouvir você pedindo, implorando, necessitando de um toque que lhe dê prazer. Bom, aí eu te beijo. Eu encosto minha boca no teu corpo quente, vejo você se contorcer e acho delicioso estar lhe amando dessa forma. Conheço tua inteligência e teu charme (os teus seios lindos). Com tua inteligência, eu converso em diversas línguas, querendo lhe mostrar o poder de todas elas. E com o charme, eu procuro degustar de cada parte dele. O resto do teu corpo eu nem preciso colocar um apelido. É mina pira, minha brisa! Só vou descendo com minha língua, em meio a pequenos beijos e mordidas, além de sempre parar pra olhar nos teus olhos, beijar tua boca, falar no seu ouvido “eu te quero” e no fim, sentir aquele arranhão nas costas, um puxão de cabelo e você respondendo “vem cá”. Já não tem como evitar mais, minha boca quer lhe provar e você treme pra ser provada! E então, nessa aventura louca, eu lhe provo. Eu lhe faço gemer. Eu lhe faço arrancar os lençóis e pedir arrego. Mas não paro! Continuo com mais e mais, porque você nem imagina como eu te quero. Quero-lhe louca, ofegante e pronta pra desmaiar de prazer! O que acha? Você me puxa e fala no meu ouvido sem fôlego já “eu preciso continuar sentindo o teu toque, não pare”. Pois é assim, eu continuo até ouvir o ultimo gemido. É maravilhoso ver como o sexo com você floresce de forma tão doce e acaba se transformando em veneno, um veneno malicioso e gostoso de ser degustado. Eu lhe dou uma trégua, um tempinho rapidinho pra você se recompor. Passou! Segundo rodada nos espera. Tento segurar teu corpo, mas, ele solta de tanto suor. Gruda no meu. Eu beijo teu queixo, dou aquela mordidinha, desço pelo seu pescoço querendo despertar o seu lado mais selvagem. Sinto-te nervosa, louca de vontade, cheia de excitação. Meu deus, que isso mina? Nosso fogo não acaba, o calor só aumenta, parece que nosso termômetro de amor tá quebrado e não vai baixar essa temperatura. Em nossa cama não existe decência, não existe essa de timidez; simplesmente, acontece. Um beijo, dois e até mais! Um encontro de mãos descendo pelos corpos, uma troca de carícias. Os lábios sussurram o que os ouvidos buscam ouvir. Pêlos se arrepiam só de sentir o arzinho quente que soltamos num sussurro. Cansadas, o que nos resta é apenas os abraços de uma noite de amor. Um beijo de boa noite. Uma troca de olhares. E uma verdade: missão cumprida!

Jaque Souza
Enviado por Jaque Souza em 17/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
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