VAZIO

Agora ouço Lenine: saudades...

Outrora, ouvia o som do coração - o que me fascinava, tal qual a melodia dO Silêncio das Estrelas... "Ilusão"!

Há um vazio que jamais será preenchido (tempos que vêm e que vão... não voltam jamais), mas ai! Que o vazio dói... Uma dor estranha, que esvai-se como brisa, mas retoma tal qual um tornado... Vai e vem de lancinante viagem, até ao universo das estrelas, num ir e vir de tantas emoções (muitas, sem brilho algum)...

O que a gente faz com isso? (...) Só dar tempo ao tempo, espero - indizível tormento algoz, mas o único que silencia o som agudo da dor que fica...

(Meu momento é de melancolia: pela ex-professora de quem acabo de me despedir, posto que partiu desse plano. Por tanta gente sendo agredida pelas ruas, tentando ser ouvida (ou não) nesse momento de manifestações pelas capitais afora (o povo tem no peito um outro vazio: justiça social). E eu ... bem, nessa celeuma de vazios, sinto saudades, saudades de outros tempos...)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 17/06/2013
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T4346037
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