Enquanto passo
Dessas arapucas que costumam nos pegar como cama de gato, eu fujo, e se caio, caio em pé. Talvez uma perna, uma costela quebrada! Nunca escapamos ilesos de nada. O importante é, e graças a essa casca, ou máquina, criada, arquitetada, ou programada, existe em mim uma incrível habilidade de regeneração. Daí, contemplo todo o resto, desde o tempo perdido ao tempo aguardado. E vivo, pelo que penso ser o certo. E me engano, para o que penso estar próximo da felicidade. Quando não há mais busca, e a procura acaba, é fim... de tarde, o sol se põem no morro, ao longe, de novo. E esse mundo, e esse povo, e dessas arapucas que costumam nos pegar como cama de gato, eu fujo, e se caio, caio em pé!