Saudades.

Até aonde a vista alcança a memória acompanha depois tudo fica apenas nas vagas lembranças.

É assim que me sinto diante do álbum de fotografias, das que vejo, daquelas que sinto que faltam, e naquelas ainda espalhadas por entre as páginas amareladas pelo tempo.

Em poucas contigo eu estou, em muitas sinto tua falta como sinto agora, em algumas apenas paisagens de um tempo que se foi, mas que ainda não me levou, talvez seja isto que me faça voltar sempre a este velho álbum, descorado sim, um pouco maltratado talvez, mas guardião de um tesouro retratado nas lentes de uma velha Polaroid que um dia que foi para mim na certa um dos mais sagrados, o mais abençoado, o dia em que o teu rosto minha querida mãe, esta velha câmera fotografou.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 16/08/2012
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