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Ao abrir a canastra onde guardo as lembranças, me pergunto onde foi parar o som daquela felicidade cristalina que estampava meus olhos e coloria tudo?
Acaricio cada saudade, quero sentir outra vez o sabor das frutas de minha infância, o perfume da dama da noite que entrava sorrateiro pela janela do quarto me envolvendo e despertando.
Com olhos fechados posso ver através do manto escuro da noite, um raio de luar. É quase um sonho, posso tocar cada momento vivido embalando a saudade...
Um gesto, um cheiro, consegue mexer de um jeito tão intenso com os sentidos e me transportar no tempo.
Quando acontece, me entrego totalmente ao momento e sinto os olhos marejados, um aperto no peito. Acho que não é tristeza, é talvez saudade do que não consegui viver.
Agradeço à poetisa Ângela Faria de Paula Lima, pela linda interação.
Acaricio cada saudade, quero sentir outra vez o sabor das frutas de minha infância, o perfume da dama da noite que entrava sorrateiro pela janela do quarto me envolvendo e despertando.
Com olhos fechados posso ver através do manto escuro da noite, um raio de luar. É quase um sonho, posso tocar cada momento vivido embalando a saudade...
Um gesto, um cheiro, consegue mexer de um jeito tão intenso com os sentidos e me transportar no tempo.
Quando acontece, me entrego totalmente ao momento e sinto os olhos marejados, um aperto no peito. Acho que não é tristeza, é talvez saudade do que não consegui viver.
Agradeço à poetisa Ângela Faria de Paula Lima, pela linda interação.
OS SONS DO PASSADO
Aonde foi parar o som da alegria
Que em meus olhos de criança coloria
A minha vida e que lembro com saudade?
No meu baú de lembranças vejo tudo
Posso ainda tocar cada momento mudo
E ver cada instante de felicidade
Enquanto estou, nos guardados, remexendo,
Vão os aromas do passado me envolvendo...
Aonde foi parar o som da alegria
Que em meus olhos de criança coloria
A minha vida e que lembro com saudade?
No meu baú de lembranças vejo tudo
Posso ainda tocar cada momento mudo
E ver cada instante de felicidade
Enquanto estou, nos guardados, remexendo,
Vão os aromas do passado me envolvendo...