Vigília

Eu deito como deita um corvo cercando uma carniça:

Devorarei-me na solidão faminta da minha podridão!

Não dormirei... não rezarei!

Mas, tal qual um corvo,

quando essa carne putrefata acabar,

eu estarei de pé para me decompor de novo!

Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 24/03/2012
Reeditado em 06/01/2017
Código do texto: T3573382
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