Pequenas Esperanças

Os pequenos detalhes é que vão nos matando aos poucos, os gestos bonitos, os lugares frequentados evito para não me ferir mais do que posso suportar, o cotidiano torna-se nosso inimigo, o telefone é uma arma apontada sobre nossa cabeça, ouvir o nome é como ser jogado abismo abaixo sem aparo na descida, mais o sono é aliado como qualquer forma de abandono ou lembrança ruim. Sei que todas as manhãs esqueço nem que imperceptível aos olhos cada gesto, parte ou algo que me remeta a você. Dias e diasvivo e ninguém percebe que te mato aos poucos, mato o amor, a lembraça boa, as dores, seus gostos, a maneira de sentar ou dormir, as canções, viagens, dentre todas elas o sexo que de forma ou outra vai sendo substituído por outros corpos, bocas, sorrisos trocado. Mãos postas a nos levantar a cada hora, minuto e segundo que você vai sendo apagado de vez de mim do que fomos e por isso continuamos a gostar de tudo que tem vida.

Damião um POETA
Enviado por Damião um POETA em 20/02/2012
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