Nunca/Sempre (EC)
Às vezes o amor tem um sabor inigualável, e um tom meio colorido. Jovialidade é uma coisa que se perde assim que se descobre que a fantasia já deixou de ser verdade. Fala sério! É uma coisa boa, às vezes dura, mas nunca – sempre nunca – uma coisa ruim. Não me importo de me chamarem de brega por falar de amor, nem de iludido por amar demais, o que é constante na vida senão nossa aprendizagem?
Aquele calafrio, desejo insaciável, água na boca, brilho nos olhos, aquela tortura chamada distância, tempo, minuto! Frisson. Paixão? Inevitavelmente seguido do desejo, desapego, carência, sensação de incompletude, desgosto, defeito, ilusão. Humano!
É o homem. Sempre insatisfeito e nunca grato. De fato, o amor jamais deve ser temido, brincado, indesejado, desprezado! Os últimos que o fizeram levavam o nome de Saddan, Hitler e Osama! Vai entender... Talvez uma prova do que o mais puro amor pode nos dar é a sensação de saciedade, pureza e delicadeza. Como brincar com os cabelos do nosso amor ou deslizar os dedos sobre sua barriga e descobrir em um breve momento que – quem sabe – essa é a maior prova de eternidade.
Se analisado, amor é mais puro que a própria pureza. Maduro! Do frisson à eternidade, da incompletude ao até que a morte nos separe e do nada – de repente – o tudo. Irremediável e inesgotável. Uma fonte para chamar de nossa, de sua, de minha! Pois ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos...
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Nunca/Sempre
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