Corriunder

Pus rédeas na minha catarse. Porque minhas palavras, no estado de espírito em que me encontro, podem ser tão dolorosas e nocivas quanto uma adaga embebida em veneno. Essas palavras, represadas dentro de mim, circulam ao meu redor como hologramas em neon. Transformam-se num ataúde; amortalham-me dentro dele. Quanto mais palavras presas, mais hologramas. E maior fica a sensação de ser um cataléptico. Queria que isso fosse um pesadelo; queria que essa catalepsia fosse projetiva. E não destrutiva.

12/10/2011

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 12/10/2011
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