É assim que vou indo.

Como estarei preparado para os outros se nem mesmo eu me preparei? Se tudo pudesse ser planejado, traçado local e data, não correria o risco de cair numa armadilha. Armadilha cujo minha insegurança impede de enfrentar certos desafios. Infantilidade ou não, esse sou eu.

Lembrar-me dos meus 8 anos de idade é aconchegante pois naquela época problemas eram tratados como simples brincadeiras que seriam solucionadas iguais aos contos de fadas: Sempre com um final feliz. Doce ingenuidade era essa que eu acreditava. Recordo-me da despreocupação dos sentimentos, sem medo de acreditar num final feliz, mesmo sendo utópico, todos nós acreditávamos.

Agora estou aqui desencorajado de viver algo que tenho direito, mas por quê? Por que não posso aceitar simplesmente o fato e admitir ¨sim, eu te amo¨. Se o amor é uma droga, com certeza é mais viciante que o crack, sua dependência causa alucinações temerosas que até quem não tem coração sente uma dor, sente, sim, uma vontade de chorar quando não lhe oferece mais uma dose para você sublimar por mais alguns segundos.

Seria bom te esquecer, realmente seria, mas se você já entrou dentro de mim o que eu posso fazer? Foi muito efêmera nossa relação, porém o desejo de ter em meus braços é como se fossemos amigos de longa data, algo inexplicável, afinal o sentimento é inexplicável, não acha?

E assim vou levando a vida, sem saber onde estou, seguindo um caminho sem mapa, guiando-me pelas estrelas e perdendo-me neste mundo.

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 01/08/2011
Reeditado em 15/09/2020
Código do texto: T3133249
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