Canções humanizadas

você me disse para me consolar, que no céu havia um imenso lugar

onde lá, eu iria poder encontrar, alguns anjos a voar

entretanto, não teria você ao meu lado, para dar as mãos

de que serve uma linda história se não tem o contar de nossas canções?

sempre quis ter uma vida pacata, uma vida serena, uma vida calma

e no fim, eu a tive, mas sem ninguém, sem nem ao menos você como um "alguém"

liderando meus pensamentos, vou a fundo nessa história e procura pelo bem

cito coisas que vão ao meu além, me atravesso, não sou o que era, sou o que ninguém vê

escondido, arredio, brando, sereno, terno, correndo de sí? não, eu nunca corri

sempre fui sozinho, nunca tive alguém para me dar um apoio, nunca tive alguém

minha única família sempre foi e sempre será minha mãe, a quem sempre eu ei de proteger

ligas vão e vem, numa era de pó da morte, vou até o altar, sem nem mais, domino o mar

tenho em mãos aquilo que sempre pensei, sempre cogitei, sempre, sempre obtive tudo

a cada raciocinio! a cada viga de pensamento! a cada lágrima de solidão adentro

mãe! você foi sempre minha única amiga, minha única companheira, minha força, minha fortaleza

pai, nunca tive um que conversasse como um! você é uma droga, você não deveria nem ser mais um

neste mundo rodeado de porcos e pessoas que comem a merda que plantam, a flor que murcham

minha mãe é a minha sabedoria, a minha fonte de luz, sozinha ela me criou, sozinho ela me fez

eu ei de trazer algum orgulho para aquela me deu tudo de mãos abertas, de braços abertos, minha mãe

as pessoas se confundem com o que há dentro de sí, mas em mim, um turbilhão me corroi, sempre

sempre pensei sozinho, sempre brinquei sozinho, um único amigo tive e ele se foi, Sandro

com linhas de cores, você o desfez com um ar de loucura e doçura, você me ardeu por dentro

me ferrando e me fechando, meus tímpanos furei, liguei a dor à lua de sua bravura que obteve

ao me fazer tremer dentro do teu ser, vingança tive, mas sempre o teu lado eu ei de ter!

primeiro e único amigo após anos de convivencia comigo mesmo, você foi longe demais para nada ser

um amigo-irmão você é, biografia minha eu nunca irei fazer, pois meus braços não podem contar

certas coisas que eu acabei por fazer, sua mente volta a drenar, um amigo? alguém que esteve ali comigo

o primeiro de séculos sozinhos, o primeiro de inúmeros momentos tristes e ricos que tive a delirar

Raian, meu amigo que me trouxe a realidade de um breve sonhar, que logo estou a seguir, sempre e sempre, a me lidar

reuno as letras, repito, minha mãe que me fez, tudo dou graças a ela, sofri, levantei, cresci, cai, acordei

as roupas estão prontas, nem há nenhuma trouxa a sobrar no teu armário, teus sentimentos não tem chave

arrombei com meu pensamento o teu lugar e peguei sua vestimento ao luar, sua eterna máscara

com minha mãe aprendi tudo de bom, nada temi, se sou algo de ruim, é por causa do que sofri

agradeço a Deus por ter tido pessoas como as que passaram em minha vida, mas principalmente a minha mãe, Sonia

Gust
Enviado por Gust em 18/07/2011
Código do texto: T3103293
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